Dizem que o universo conspira, né? Eu tinha visto Naiara com o cabelo trançado e pensei “caramba! Preciso fazer fotos dela assim”. Eis que, um dia depois de isso passar pela minha cabeça, ela me manda uma mensagem me pedindo uma proposta de orçamento pra fazer fotos: “JUUUUUU! Fiz tranças no cabelo e queria fazer umas fotos minhas assim”.
Começamos a conversar sobre como seriam as fotos e Naiara me contou sobre o significado dos cabelos trançados pra ela, sobre ancestralidade, sobre memória, sobre o que é ser uma mulher preta, sobre beleza, sobre senso de comunidade. Senti que era uma daquelas oportunidades que temos na vida de silenciar e aprender. E foi o que eu fiz.
No dia das fotos, eu fiz a única coisa que eu poderia fazer: contemplar. Ok, eu fiz mais que isso: elogiei, gritei, quase chorei de emoção. Nai foi muito generosa de compartilhar a grandeza dela comigo.