me vejo duas vezes.
e mesmo assim, ainda não sei tudo o que sou.
me olho no reflexo e descubro outra:
com as mesmas cores, mas outros contornos.
com os mesmos olhos, mas outros abismos.
há algo de sagrado em se reconhecer múltipla.
em se permitir ser fragmento, mistura, invenção.
e em continuar olhando.
porque talvez o caminho não seja entender...